Deputados federais aprovaram um módico resjute salarial: mais de 60%, quando a maioria dos trabalhadores conseguiu no máximo 6%. Verdade que faz 4 anos que o salário não era reajustado. De qualquer forma, aumento de tamanho vulto é injustificável.
O pior é que na esteira dos deputados federais, as assembléias estaduais também estão tratando de dar um presentinho aos eleitos para a próxima legislatura. No Rio Grande do Sul, por exemplo, deputados aprovaram aumento proporcionalmente superior ao dos deputados federais: 73%. Votaram contra os deputados do PT, que apresentaram uma proposta mais modesta, a qual sequer foi apreciada pelos colegas das outras siglas, sedentos por um Papai Noel bem gordo. Tal abuso foi possível devido prerrogativa constitucional que permite aos estaduais receberem até 75% do que ganham os deputados federais.
Próximo passo: reajuste dos vereadores. Certamente irão usar a mesma lógica. Impacto dessa brincadeira toda: mais de R$ 3 bilhões.
Nossos políticos fazem farra com o dinheiro público e nem ficam vermelhos. Sabe porquê? Porque eles estão aprovando o reajuste antes do início da nova legislatura. Até a próxima eleição quantos lembrarão quem votou a favor e quem votou contra esse reajuste? Quase ninguém. Se a dois meses da eleição quase 1/4 das pessoas nem lembram mais em quem votaram, segundo o Vox Populi, daqui a 4 longos anos, quantos lembrarão? Quem vai refrescar a memória das pessoas? Partido algum. Todos estão comprometidos. A menos que nós, cidadãos, criemos meios de preservar essa informação e trazê-la à tona no momento oportuno.
É necessário dar um basta. Falta bom senso e responsabilidade, para pegar bem leve.
Comentários sobre notícias econômicas e políticas; sobre gestão empresarial; tendências do mundo corporativo; gestão de pessoas; esportes e muito mais.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
A Dilma sequer tomou posse e o PSDB já pensa em 2014
Pouco mais de um mês após a realização do segundo turno da eleição presidencial o PSDB já está pensando em 2014. Quer definir o candidato até 2012.
Aécio Neves, Senador eleito por Minas Gerais, está criticando a decisão do partido, chamando-a de "amadora". O próprio Aécio, entretanto, já está trabalhando pela sua candidatura em 2014.
São muitas reuniões em Brasília, com gente do PSDB, do DEM e do PSB, partido que tem flertado com Aécio.
É impressionante como certos políticos tem a capacidade de só pensar no seu umbigo. Aécio tem pouca coisa em comum com o estilo de José Serra, mas além de dividir o mesmo partido, ao menos por enquanto, Aécio tem o mesmo desejo pessoal que Serra: ser Presidente da República. É uma ambição pessoal, não a defesa de um projeto.
Os dossiês encomendados por Aécio contra Serra e vice-versa, no período de prévias do partido, mal divulgados durante a eleição, mostram que o jogo no PSDB é pesado; briga de cachorro grande.
Se o PSDB paulista, entenda-se Serra e FHC, não largar o osso, Aécio irá "voar" para outro ninho. Dizem que vai para o PSB. O PSB quer Aécio. O deputado Ciro Gomes tem boa relação com Ele. Os Governadores Eduardo Campos (Pernambuco) e Cid Gomes (Ceará)também.
Depois de eleger 6 governadores, o PSB acha que pode chegar à presidência. Na verdade, o PSB ensaia Brasil afora uma guinada para o centro, com viés de direita.
A ambição, aguçada pelos resultados eleitorais, pode levar o partido a desgarrar-se do PT. Essa tendência pode ser confirmada se Dilma não atender bem ao partido na distribuição de cargos e na participação com voz ativa no governo.
De qualquer forma, se Aécio de fato for para o PSB, o partido certamente irá tentar trilhar seu próprio caminho, que pode não ser o mesmo das forças progressistas que dominam o atual governo.
Aécio Neves, Senador eleito por Minas Gerais, está criticando a decisão do partido, chamando-a de "amadora". O próprio Aécio, entretanto, já está trabalhando pela sua candidatura em 2014.
São muitas reuniões em Brasília, com gente do PSDB, do DEM e do PSB, partido que tem flertado com Aécio.
É impressionante como certos políticos tem a capacidade de só pensar no seu umbigo. Aécio tem pouca coisa em comum com o estilo de José Serra, mas além de dividir o mesmo partido, ao menos por enquanto, Aécio tem o mesmo desejo pessoal que Serra: ser Presidente da República. É uma ambição pessoal, não a defesa de um projeto.
Os dossiês encomendados por Aécio contra Serra e vice-versa, no período de prévias do partido, mal divulgados durante a eleição, mostram que o jogo no PSDB é pesado; briga de cachorro grande.
Se o PSDB paulista, entenda-se Serra e FHC, não largar o osso, Aécio irá "voar" para outro ninho. Dizem que vai para o PSB. O PSB quer Aécio. O deputado Ciro Gomes tem boa relação com Ele. Os Governadores Eduardo Campos (Pernambuco) e Cid Gomes (Ceará)também.
Depois de eleger 6 governadores, o PSB acha que pode chegar à presidência. Na verdade, o PSB ensaia Brasil afora uma guinada para o centro, com viés de direita.
A ambição, aguçada pelos resultados eleitorais, pode levar o partido a desgarrar-se do PT. Essa tendência pode ser confirmada se Dilma não atender bem ao partido na distribuição de cargos e na participação com voz ativa no governo.
De qualquer forma, se Aécio de fato for para o PSB, o partido certamente irá tentar trilhar seu próprio caminho, que pode não ser o mesmo das forças progressistas que dominam o atual governo.
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