Deputados federais aprovaram um módico resjute salarial: mais de 60%, quando a maioria dos trabalhadores conseguiu no máximo 6%. Verdade que faz 4 anos que o salário não era reajustado. De qualquer forma, aumento de tamanho vulto é injustificável.
O pior é que na esteira dos deputados federais, as assembléias estaduais também estão tratando de dar um presentinho aos eleitos para a próxima legislatura. No Rio Grande do Sul, por exemplo, deputados aprovaram aumento proporcionalmente superior ao dos deputados federais: 73%. Votaram contra os deputados do PT, que apresentaram uma proposta mais modesta, a qual sequer foi apreciada pelos colegas das outras siglas, sedentos por um Papai Noel bem gordo. Tal abuso foi possível devido prerrogativa constitucional que permite aos estaduais receberem até 75% do que ganham os deputados federais.
Próximo passo: reajuste dos vereadores. Certamente irão usar a mesma lógica. Impacto dessa brincadeira toda: mais de R$ 3 bilhões.
Nossos políticos fazem farra com o dinheiro público e nem ficam vermelhos. Sabe porquê? Porque eles estão aprovando o reajuste antes do início da nova legislatura. Até a próxima eleição quantos lembrarão quem votou a favor e quem votou contra esse reajuste? Quase ninguém. Se a dois meses da eleição quase 1/4 das pessoas nem lembram mais em quem votaram, segundo o Vox Populi, daqui a 4 longos anos, quantos lembrarão? Quem vai refrescar a memória das pessoas? Partido algum. Todos estão comprometidos. A menos que nós, cidadãos, criemos meios de preservar essa informação e trazê-la à tona no momento oportuno.
É necessário dar um basta. Falta bom senso e responsabilidade, para pegar bem leve.
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