A Mídia brasileira continua apavorando as pessoas. Todos os dias, em todos os veículos de comunicação, só se fala nela, ou nele: a inflação ou o dragão da inflação.
O comportamento da mídia, para um desavisado, faz supor que estamos com uma inflação de 80% ao mês.
É evidente que o aumento de preços não é algo bom, entretanto, mais uma vez a mídia presta um desserviço ao país. Quando a mídia insiste no tema e faz um verdadeiro carnaval, isso de certa forma incentiva as pessoas a aumentarem o problema e também estimula o reajuste de preços. Temos, portanto, um círculo vicioso. Esse fenômeno não é novo no Brasil. É parecido com o que já aconteceu com a gripe suína e com a crise de 2008. A imprensa bate e insiste tanto no tema, que acaba apavorando as pessoas. Sob efeito psicológico, a população tende a não apenas acreditar, mas sobretudo reproduzir atitudes que reforçam e ampliam o problema em questão.
Alerto, portanto, de que o problema da inflação está sendo superestimado. As ações já definidas e implantadas pelo governo, embora duras, são necessárias nesse momento e a médio prazo vão gerar uma queda nos índices inflacionários.
O remédio poderia não ser tão amargo se pudéssemos lançar mão de outros elementos, sem onerar tanto as taxas de juros, que empacam investimentos. Isso só poderá ser implantado, entretanto, após o ajuste nas contas públicas, já iniciado pela Presidenta Dilma. Esse ajuste deve surtir efeito no médio e longo prazos. Acredita-se que até meados de 2014/2015 teremos uma taxa de juros mais realista, considerando o mercado internacional.
O que eu considero imprescindível é que o governo acelere a aplicação das medidas necessárias para promover esse ajuste.
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