quinta-feira, 22 de julho de 2010

Inovação

Nesta segunda e terça-feira passadas, dias 19 e 20 de julho/2010, estive participando em Porto Alegre, do 11º Congresso Internacional da Qualidade, promovido pelo PGQP (Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade). Estiveram palestrando importantes empresários e conferencistas nacionais e internacionais, todos enfocando o tema: Gestão Inovadora: os caminhos da liderança humana.
Sem dúvida o tema inovação é absolutamente imprescindível nas rodas de debate da gestão empresarial. Embora no Brasil seja um tema relativamente novo, no mundo já é recorrente.
Um dos palestrantes, o Surinamês, radicado na Holanda, Adjiedj Bakas, enfatizou o período de grandes transformações que deveremos viver nos próximos 10 anos. Justificou com o desenho de um cenário, mas também evocando eventos históricos, segundo os quais, na história recente da humanidade, um período de crise sempre foi sucedido por um período de grandes transformações. Essas transformações devem vir em todas as áreas, mas sobretudo na tecnologia haveremos de ter maior facilidade em perceber. Citou desde os múltiplos canais de comunicação virtual que devem tomar corpo, bem como outros fatos curiosos, como a pílula da inteligência, que deve possibilitar aos usuários um maior uso do potencial intelectual.
Na área da economia, citou o possível agravamento da crise européia entre o final desse ano e o ano que vem e, até mesmo, a possibilidade de que o Euro seja extinto nos próximos anos. Outro fato interessante citado, foi a construção de prédios urbanos verticais, destinados a agricultura e pecuária. Parece ficção, mas há projetos nos Estados Unidos e na Holanda. Com a previsão de que em 50 anos seremos 9 bilhões de pessoas no planeta, sem dúvida precisaremos inovar nas técnicas para produção e geração de alimentos.
Em relação ao processo de inovação, visando possibilitar às organizações pegar essa carona no progresso, fica evidente que alguns fatores são fundamentais: - valorização do aspecto humano; - envolvimento das partes interessadas em um processo de co-criação (envolver clientes, parceiros, fornecedores, funcionários) para geração de idéias; - inovação depende da nossa capacidade de nos libertar de idéias pré-concebidas; - inovação depende de liderança forte e comprometida; - a gestão da inovação deve estar em sinergia com o processo de gestão estratégica da organização; - inovação precisa estar no DNA, fortemente presente na cultura organizacional; - inovação para prosperar precisa que as pessoas possam participar de todo o processo e também exige investimentos específicos para impulsionar a prática das idéias; - inovação somente é efetiva quando gera valor para as partes interessadas; - inovação pressupõe altos riscos, que precisam ser planejados; - inovação pressupõe seleção adequada de idéias relevantes, análise profunda, prática e maximização dos resultados.
Inovar, portanto, não pode ser um processo ocasional, mas precisa ser algo organizado, planejado, aberto e sem preconceitos, porém objetivo e ousado ao mesmo tempo.
Estamos no caminho. O próprio governo está se preocupando e procurando criar linhas de financiamento para projetos inovadores. Empresas já possuem gestores para inovação, como foi apresentado no caso da Braskem, empresa gaúcha fabricante de resinas plásticas, fundada em 2002 e que já está em 8º lugar no mundo no segmento.
Cada vez mais precisamos estar preparados para ouvir falar, mas sobretudo para nos envolvermos com a inovação. Envolvimento e diálogo produtivo são palavras-chave para o sucesso de qualquer programa de inovação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário