A impunidade, uma das maiores causas da criminalidade e da corrupção no Brasil parece só crescer. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça), órgão criado para investigar denúncias contra juízes, teve seu poder reduzido por medida do Ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A medida ainda precisa passar pelo plenário do Supremo para ser definitiva. De qualquer modo, essa decisão vai à contramão daquilo que deseja a sociedade, que é a investigação e punição de bandidos, sejam eles de que profissões forem. Entretanto, para quem tem acompanhado a justiça brasileira nos últimos tempos, não foi surpresa. A medida repete uma tendência: de afrouxar o cinto contra a bandidagem. E a sociedade brasileira segue a mercê de delinqüentes, marginais, contraventores, corruptos e corruptores que não se intimidam com a brandura da lei.
Ou a sociedade brasileira se mobiliza e começa a exigir maior rigor da nossa justiça, ou cada vez passaremos a viver mais enclausurados e com medo. Continuaremos batendo tristes recordes mundiais, que fazem o Brasil parecer um país em guerra civil.
Nossos deputados e senadores bem que poderiam resgatar um pouco de sua credibilidade e trabalhar na criação de leis mais rigorosas, que certamente contribuiriam para reduzir a sensação de impunidade e insegurança. Nosso judiciário também poderia ter um pouco de humildade, reconhecer suas falhas e fazer sua parte. Os governos, por sua vez, precisam investir no sistema carcerário, para que hajam mais vagas e para que as penitenciárias se tornem casas de correção e não escolas do crime, como acontece hoje.
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