terça-feira, 14 de junho de 2011

Inflação é fenômeno mundial

Recentemente as altas inflacionárias tem gerado análises que vão desde o otimismo até o exagero dos urubólogos de plantão, que adoram semear tragédias. Nisso, os analistas da Globo são mestres. Adoram estimular o pânico na economia, na saúde, na política, na segurança e tudo mais onde puder lhes render alguns pontos de audiência e algum desgaste ao governo. Dane-se o Brasil.

A realidade e os número estão mostrando, entretanto, que a pressão inflacionária não será forte o suficiente para desestabilizar a economia nacional. Os amargos remédios do Banco Central já estão surtindo efeito. A economia desacelera e a inflação também.

É importante destacar que dificilmente conseguiremos o necessário crescimento com uma inflação muito baixa. Isso porque a inflação não é um fenômeno brazuca, embora tente a imprensa fazer parecer que sim. No mundo todo os países enfrentam essa dificuldade. As manchetes na internet hoje apontam alta na China e nos EUA, por exemplo. Nos EUA a pressão ainda está no atacado, mas fatalmente chegará ao varejo. Também existem problemas na Índia, na Rússia e em vários outros países.

As causas principais da inflação mundial estão relacionadas ao aumento do consumo de alimentos, devido crescimento econômico que está gerando inclusão social, bem como a alta no preço do petróleo e do aço (e derivados). Ou seja, a economia mundial cresce e o sistema não consegue atender à demanda também crescente. Faltam investimentos em infra-estrutura e também na melhoria da produtividade agrícola e industrial.

O risco é que essa realidade comprometa a manutenção do ciclo. Há ainda o fato de que a crise de 2008 ainda não foi totalmente debelada, apesar dos trilhões de dólares lançados no mercado pelos governos. Outro perigo iminente é o excesso de endividamento, que pode gerar nova crise futura. Enfim, o cenário apresenta algumas ameaças que precisam ser monitoradas, a fim de se construir as alternativas necessárias para preservar o bom momento vivido pela economia do Brasil.

De qualquer forma, tranquilizemos, o dragão não será ressuscitado, embora eventualmente ouçamos algum rugido.

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