OBS.: O título acima é uma alusão a um livro sobre o Presidente Lula, escrito pelo “jornalista” Diogo Mainardi (colunista da Revista Veja).
Outro dia, sentado à cadeira da sala de espera do dentista, comecei a folhear uma Revista Veja, em uma de suas edições de Julho/2010. Embora eu não tenha a assinatura da Veja (nem intenção de tê-la), sempre procuro folhear em algum local onde a encontro. E não é difícil encontrá-la em algum consultório ou escritório. Dessa forma, até consigo acompanhá-la, inclusive com o apoio da internet e da própria televisão, que eventualmente se socorre da Revista para suas reportagens.
Fiquei surpreso. Dei-me ao trabalho de verificar a disposição do conteúdo. Logo no início da Revista, sumário e algumas páginas de propaganda; a seguir, uma reportagem sobre ...não lembro, não era meu foco; mais algumas páginas de propaganda; mais algumas páginas de....de...propaganda; a seguir algumas páginas de opinião de leitores; uma ou duas páginas com notícias de personalidades; mais algumas páginas de... propagandaaaa...e ... Oh!!!! Uma reportagem, na página 64. Isso mesmo, sessenta e quatro, uma nova reportagem. Adivinhem sobre quem? Lula, claro. A Revista Veja tem tido nos últimos anos uma postura absolutamente crítica sobre Lula, seu governo e todos que ousarem defendê-lo. Lula é sua vítima predileta, embora existam outras, principalmente políticos (de esquerda e neo-esquerdistas), técnicos gaúchos (Dunga) e jornalistas concorrentes.
Mas, afinal, vivemos em um país democrático. Pois bem, acontece que as críticas da Revista Veja ultrapassam a democracia. Tenho para mim que a Revista (se é que se pode chamar de Revista) inaugurou uma nova ditadura: a ditadura do pensamento. Muitos órgãos de imprensa imparcias elogiam e criticam Lula. Mas Veja é diferente. Veja persegue Lula. Tenta a todo custo impor-lhe uma derrota, ainda que moral. Essas críticas, em 99% das vezes, ultrapassaram o limite do razoável; do bom senso e, porque não, da ética jornalística (se é que existe uma).
Utilizando-se de reportagens e colunistas de péssima educação e inteligência emocional questionável, Veja persegue integrantes da cúpula da presidência e de órgãos de imprensa rivais como um caçador a uma presa. É um bombardeio de ironias e denúncias com origem, no mínimo, duvidosa. Lança coisas no ar sem provas, com denunciantes suspeitos, interesseiros e claramente parciais. Sem qualquer fato concreto, lança denúncias como “areia ao vento”, na direção certa para ferir quem Veja carimba como inimigo. Usa de seu poder e se esconde atrás de uma tão propalada liberdade de imprensa. Pura covardia.
Alguns termos utilizados por repórteres e colunistas da Veja eu não ousaria utilizar nem com meu pior inimigo, tamanha sua grosseria.
Então, enquanto folheava a Revista, entendi porque tanta propaganda: falta conteúdo. A Revista Veja ficou refém de sua própria postura anti-lulista. Foi derrotada. Ou alguém ousaria dizer que venceu, considerando que Lula está com aprovação histórica, na faixa dos 80%, sendo uma dos presidentes mais populares do mundo? Veja perdeu. E perdeu para sua própria estupidez e intransigência política. São ranços de uma época que, para o bem do Brasil, deveria já ter ficado para trás.
Sugiro que nesse exato momento a Veja comece uma campanha forte pela eleição da Dilma. Isso mesmo. O que vai acontecer com Veja quando Lula deixar o Governo? Resta a esperança de que a Dilma ganhe. Certamente terá mais 4 anos de assunto farto. Mas e se Dilma não ganhar? Pode ser o fim da Revista Veja. Se for assim, sou até capaz de torcer para Dilma perder. O Brasil ganharia muito e o povo brasileiro também. Essa Revista é mais um dentre os órgãos de imprensa brasileiros que, ao invés de informar, presta o serviço de “emburrecer” as pessoas, porque é parcial; usa palavreado chulo e deselegante; desrespeita pessoas, instituições e empresas; julga como se fosse um tribunal; não leva à reflexão; tenta tolher das pessoas a liberdade de pensar por conta própria; tenta impor sua ditadura do pensamento. Ainda bem que o mundo mudou e a comunicação também. Viva a internet!!!!!!
A Revista Veja é a minha anta.
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